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A História da blindagem no Brasil e no mundo

Ter um carro blindado vem se tornando cada vez mais comum para as pessoas que buscam alternativas para garantir sua segurança em relação às adversidades do dia a dia. Segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (ABRABLIN) em 2014, a frota de blindados no país somava 11.731 veículos. Quatro anos depois, em 2017, esse montante chegou a quase 16 mil, um crescimento que colocou o Brasil na liderança mundial, passando inclusive países como México e Estados Unidos.

Entretanto, apesar dos números, o mercado de blindados ainda é um setor recente no país, já que os primeiros carros surgiram apenas nos anos 1950. De lá para cá, o intenso desenvolvimento tecnológico das últimas décadas colaborou para revolucionar o segmento, tanto que os investimentos no setor de blindados no Brasil não param de crescer.

Uma das empresas que ganha cada vez mais espaço no setor é a Avallon. Com dois showrooms, duas assistências técnicas e uma fábrica equipada com materiais de última geração, a blindadora se tornou referência no segmento, com mais de 10 mil veículos nacionais e importados já blindados. A empresa, que tem como compromisso a qualidade nos mínimos detalhes, segurança máxima e excelência no atendimento, conquistou a confiança do seu público.

Os primeiros blindados

Os chineses foram os responsáveis pelo surgimento da proteção balística no mundo. As primeiras blindagens datam de 2 mil a.C., quando chapas de metal eram usadas como escudos nos navios de guerra, para proteger os soldados das flechas inimigas.

Outra figura importante para a história da blindagem foi Leonardo da Vinci, principalmente na criação dos primeiros tanques de guerra. No século XV, da Vinci desenvolveu um blindado que se movia sobre uma base e girava a 360 graus, realizando diversos disparos simultâneos.

Porém, os primeiros carros blindados só surgiram mesmo no início do século XX, após o final da Primeira Guerra Mundial. A limusine 770 (W07) usada pelo imperador japonês Hirohito, conhecida como “Grand Mercedes”, foi a sucessora do primeiro veículo com blindagem instalada em fábrica, o Nurburg 460, de 1928.

História Militar: Os primeiros blindados em guerra

Pesando 28 toneladas, medindo 8 metros de comprimento e aproximadamente 2,5 metros de altura, os primeiros blindados equipados com canhões e metralhadoras foram um marco na história da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Estes gigantes, movidos a gasolina, foram usados pela primeira vez para proteger seus ocupantes da infantaria inimiga.

No início do século XX, a indústria automotiva ainda engatinhava com técnicas de construção primitivas, motores frouxos e sistemas de transmissão precários. Mesmo assim, os britânicos não desistiram dos veículos blindados e construíram vários protótipos até chegar ao modelo Mark1, padrão que começou a ser exportado para diversos países, como a França. A nomenclatura da caixa que os embalava era “Water Tank-British Army”(tanque de água para o Exército Britânico), utilizada até os dias de hoje.

Os carros de combate passaram a ser fabricados e utilizados por vários países, inclusive o Brasil. Durante as batalhas, vários modelos foram lançados. Os norte-americanos chegaram a experimentar dois tanques: um pesado, com cerca de 20 toneladas, que atingia 10 km/h, o Holt/gas Eletric, e outro, levemente blindado, desenvolvido pela Ford em 1918, com apenas 2,5 toneladas e 12 km/h de velocidade.

O primeiro blindado de um presidente

Em 1941, no auge da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), para garantir total segurança nos períodos mais críticos e se defender de possíveis atentados, o presidente norte-americano, Franklin Roosevelt, foi a primeira autoridade do seu país a usar um carro blindado. O veículo usado por ele, um Cadilac 341 V8, modelo 1928, com pintura verde e preta e motor de 90cv de potência, foi considerado um dos primeiros blindados. O carro foi equipado com grandes placas de proteção nas portas. Já os vidros traseiros e o para-brisa eram à prova de balas e tinham mais de uma polegada de espessura.

Um fato curioso que marcou o período, mesmo em tempos de guerra, eram os recursos do governo, que poderia gastar, no máximo, 11 mil dólares para a compra de qualquer veículo, valor que não era suficiente para a aquisição de blindado. Foi então que um agente de inteligência, encarregado de proteger o presidente, soube de um carro apreendido pelo Departamento do Tesouro e o pediu emprestado. O blindado era do gangster Al Capone, condenado por evasão fiscal em 1931.

Blindagem no Brasil

No Brasil, os primeiros carros blindados de uso civil apareceram somente nos anos 50, quando a Massari começou a produzir veículos desse tipo para a transportadora de valores Brinks. Três décadas depois, em 1980, a companhia criou a divisão Massari Armour, focada na produção de carros de passeio blindados.

A popularização do serviço no Brasil, no entanto, deu-se na edição de 1996 do Salão do Automóvel, quando a O’gara apresentou pela primeira vez ao público os seus blindados. Com a ascensão da blindagem no país, desde 1999 o Exército Brasileiro foi designado para ser a entidade responsável pela fiscalização dos blindados comercializados em território nacional. Sendo assim, apenas carros que possuem o Certificado de Registro emitido pelo Exército são autorizados a circular nas ruas brasileiras.

 

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